segunda-feira, 30 de maio de 2016

50 aventuras prontas para D&D

Dicas para mestres iniciantes ou não tão criativos que querem começar suas aventuras neste fantástico universo do RPG de mesa.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Os contos de uma ilusão - O Primeiro Encontro

      Era uma amigável manhã de primavera quando ouviu-se um choro de criança ao lado de fora do velho barraco, construído com madeira maciça em meio a um antigo bosque, agora florido e cheio de vida. Entre o cantos dos pássaros Ragash saltou de sua cama num pulo, estava atrasado, as árvores não se cortariam sozinhas e logo os senhores da terra viriam buscar os impostos, sequer atentou-se para os berros da criança que se encontrava em um cesto de vime, ao pé de sua porta frontal. Vestiu sua capa de couro fino, agarrou seu surrado machado de corte e um pedaço de pão velho que estava sobre a mesa da modesta cozinha. Rapidamente foi em direção à porta, por um passo não pôs suas botas sobre o pobre bebê que parecia faminto. Num susto ainda maior que o de antes, saltou para trás, o jovem lenhador deixou seu machado cair e deu mais uma mordiscada no pão, pasmo com a cena perdeu dois ou três minutos observando pensativo, abaixou-se vagarosamente - Um bebê? - pensou o o assustado homem dando leves cutucadas com seu dedo indicador direito nas rosadas bochechas do menino. Colocou o pedaço de pão que restava na boca, com a mão direita segurou a cesta que continha o menino e com a esquerda ajuntou do chão seu machado - Não sei quem esqueceu você aqui garoto, mas eu não posso me atrasar ainda mais, se quiserem que me encontrem na floresta e se me encontrarem que paguem uma boa recompensa por isso. - Falou com voz macia e com um breve sorriso preocupado, sem hesitar pôs-se a andar floresta adentro.



Continua...
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Os Nazgul, os magos azuis e a árvore branca de Gondor.

Os contos de uma terra sem dono - A fundação das oito casas (Parte 1)

      A devastação era total, o servo das trevas Odov'Akhar havia caído, mas junto com ele reis, guerreiros e impérios foram ao ímpeto destino que conhecemos por fim.
      Sem rumo, sem leis ou líderes para seguir, alguns optaram pelo exílio, outros pelo sangue em troca de ouro, hoje os chamamos de mercenários, e ainda há outros, que agruparam-se em pequenos vilarejos e levam uma vida simples, baseada em produzir para comer durante as frias tardes de outono e se embriagar durante a noite com cervejas baratas, produzidas nos fundos de alguns barracos construídos às pressas que imitam, de forma simplória, as antigas tabernas onde bardos e guerreiros cantavam suas aventuras pelo mundo a fora.



      Era mais uma noite comum entre as ruínas de Sindera, os sobreviventes que ali habitavam já se dirigiam para suas casas enquanto alguns iam para a taberna comunitária do local. As casas foram adaptadas as pressas entre as ruínas da antiga e próspera cidade de Sindera, alguns tapumes entre as paredes azulejadas, lonas e cobertores de lã impediam os fortes ventos carregados de poeira do deserto vizinho de invadir as habitações durante as secas e escuras noites. Quanto à taberna, não havia distinção entre homens, mulheres ou crianças, ali era o único momento que, uma vez ou outra, se encontraria um sorriso tímido ou um momento descontraído. Com o chão de terra batida, cercada por paredes rachadas, até mesmo a luz das tochas poderia penetrar nas mesas improvisadas com caixotes de madeira que preenchiam o local. No balcão, um senhor de barba branca não muito longa e de não muitos cabelos estava lustrando algumas taças, elas não tinham um padrão único, como se cada uma tivesse sido resgatada em ruínas diferentes, cuidadosamente as colocava ao lado de uma bacia com água, quando ouviu-se a porta de carvalho improvisada rangir alto.



      A poeira do deserto adentrou pela porta com uma forte rajada de vento que acompanhava um homem de estatura mediana, pele clara e vestes simples, cobria parte de seu rosto com um capuz de malha marrom claro, em suas costas era possível ver a silhueta de algo semelhante a um braço de violão. Bastou um passo a frente e todos no salão voltaram suas atenções para o forasteiro que discretamente sentou-se em uma das mesas no canto mais afastado disponível.
      Alguns murmúrios recomeçaram e dentre eles podia-se ouvir aqui ou ali comentários como: "Já não podemos aceitar mais gente." - ouvia-se de uma mesa com alguns anões de barbas longas e mãos calejadas, "No começo não passávamos de vinte, agora já somos quase duzentos." - Alguns construtores balbuciavam entre goles de cerveja e mordiscadas no pão velho.
      O homem não pediu nada, sentou-se, pegou seu cachimbo de madeira curvado na ponta e largou seu instrumento em cima de um dos caixotes.
      Delicado e ao mesmo tempo surrado, logo pôde-se reconhecer que a silhueta vista antes, na porta, se tratava de um violoncelo, cor vinho, nas suas bordas marcas, como se o tivessem deixado cair nas beiras de uma fogueira ardente, no cabo algumas falhas na tinta estampavam que algo afiado havia passado por ali, mas nenhuma destas feridas de estrada esmaeciam a exuberante aparência daquele instrumento.

- Estou cansado de trabalhar para alimentar estes inúteis, não vou mais tolerar novos moradores que querem apenas aproveitar-se do nosso suor enquanto bebem de nossas cervejas e comem de nossa comida! - Esbravejou um homem robusto de cabelos longos e ruivos que acabava de se levantar.

     
      Num saque rápido pegou seu martelo longo e caminhou na direção do forasteiro. Em algo como seis ou sete passos o homem de quase dois metros de altura chegou na mesa do indivíduo misterioso. Com uma única passada de sua mão empurrou o violoncelo ao chão, ergueu seu martelo, o empunhando com as duas mãos, e desferiu o golpe da forma que julgou ser a mais eficaz. Não tinha a intenção de matá-lo, apenas esmagar um ou dois ossos, os bárbaros vermelhos, como era conhecido o clã do robusto homem ruivo antes da grande guerra, nunca se importaram em causar dor e sofrimento a todos aqueles que não entravam em acordo com os seus princípios.
      Quando o inevitável golpe do machado desceu sobre o desprevenido viajante ouviu-se um estampido, até mesmo algumas faíscas puderam ser vistas. Com sua arma travada no ar o bárbaro não entendia o que estava acontecendo, ele tinha certeza de que toda a sua força havia sido depositada naquele ataque e então o homem ergueu sua cabeça pela primeira vez desde a sua entrada na taberna, fixou seus olhos castanhos no rosto do bárbaro e sorriu - Agradeça por ainda estar vivo, ela não costuma perdoar assim - disse fitando o estarrecido homem barbado.
      Não entendendo o que se passava ali, recuou alguns passos e não exitou em condenar - Magia das trevas, ele é um servo vivo de Odov'Akhar, irá matar a todos com seus truques e confusões! Fujam ou acabem com ele enquanto ainda esta sozinho! - Ao perceber o que passava o forasteiro levantou-se do banco, largou seu cachimbo e cuidadosamente recolheu seu instrumento do chão, andou na direção do bárbaro que era brutalmente maior sem muitos receios, notou que os outros que estavam sentados ali ao redor começaram a se mover e os primeiros gritos pareciam tomar conta do lugar - Saia enquanto ainda pode, monstruosidade! - gritou um anão que já empunhava de machado à uns oito metros de distância do viajante.
      Os motins pareciam se organizar, os ataques ao pobre homem estavam a um passo de começar quando a porta da frente voltou a se abrir. Por ela, um homem de meia idade, cabelos castanhos avermelhados e olhos esverdeados, pele clara e braços fortes encobertos por uma armadura prateada com detalhes em azul, presa em suas costas era possível ver uma espada larga, com algumas safiras incrustadas em sua lâmina - O que esta havendo aqui? - perguntou de forma imponente, ninguém parecia ter coragem para responder.


- Já brigamos demais entre nós, sangue o bastante já foi derramado, se esse homem esta aqui pelo bem então bem-vindo ele será! - Neste momento o nobre voltou seu olhar para o bárbaro.
- Usar de magia negra não parece-me coisas de alguém de bem, senhor Comandante. - disse o bárbaro de barbas ruivas com voz seca e grossa.
- Magia negra? - Perguntou o comandante analisando o perfil do forasteiro que agora encontrava-se parado logo a sua frente.


      Não conseguindo controlar-se o bárbaro empunhou novamente seu martelo e sem hesitar desferiu um segundo golpe sobre o homem e tal como fora antes, um estampido, algumas faíscas e o martelo acabara de ganhar uma rachadura em seu bico frontal que continuava pela lateral e curvava-se em direção ao cabo de aço. Ainda mais apavorado o homem de dois metros de altura agora se afastava do forasteiro como uma zebra de um leão.
      O comandante deu um breve sorriso aproximou-se do viajante e retirou seu capuz - Então é você, a que honra devemos a presença de um dos salvadores da profecia nesta terra tão arrasada pelo nosso antigo inimigo? - O sorriso do misterioso homem deixou transparecer o ar de alívio por ter se livrado daquela briga desnecessária.


- Venha, me acompanhe por favor! - convidou o comandante que imediatamente fora seguido pelo forasteiro.


      Todos no local observaram a saída dos dois pela porta da frente, sem entender, voltaram aos seus postos e às suas cervejas, se o nobre comandante confiava naquele homem então todos ali confiariam nele também.




Continua...
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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Os contos de uma história fantástica...

Um local onde a imaginação voa solta, onde pés se transformam em asas e dedos se transformam em  garras. Um ponto de leitura para aventureiros que são fascinados por histórias fantásticas e mirabolantes que irão levar você para fora de seu quarto, sala ou seja lá onde estiver com seu dispositivo eletrônico. Além de contos, séries de postagens contando linhas históricas, dicas de RPG aqui você irá encontrar um mundo medieval amplamente difundido com imagens, vídeos e produções autorais para que você deleite-se com este incrível universo que instiga a curiosidade de pessoas no mundo todo.